sábado, 1 de setembro de 2012

Cultura e Desenvolvimento Sustentável no Brasil segundo a UNESCO


Cidade histórica no Brasil
O grande desafio que o país enfrenta é pressão que desenvolvimento exerce sobre as estruturas tradicionais brasileiras, sejam sítios urbanos de valor cultural, sítios arqueológicos, assentamentos indígenas; sejam as populações tradicionais, seus conhecimentos e práticas.
Conservação de Sítios do Patrimônio Cultural:
Os sítios urbanos de valor cultural têm recebido investimentos para a preservação do seu patrimônio, mas, mesmo considerando os esforços do Programa Monumenta (parceria com Ministério da Cultura e IPHAN) não se alcançou uma estratégia de gestão que favoreça a dinamização dessas áreas e sua sustentabilidade.
Ao contrário, sítios históricos urbanos de maior porte, alguns deles inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, vivenciam uma fase de esgotamento das medidas de conservação concentradas basicamente na recuperação de edifícios. Requerem urgente estratégia de gestão, capaz não apenas de enfrentar os problemas de conservação, mas de inseri-los na agenda de desenvolvimento do país, evitando que se tornem ainda mais marginais em relação a essa agenda.
Indústria Cultural:
O crescimento do consumo, da inovação e do entretenimento dinamiza a indústria cultural no Brasil, entretanto, refletindo a tendência mundial, esse é um setor de forte tendência à concentração. Mais uma vez, depara-se, de um lado, com a oportunidade de reforço de setores mais dinâmicos da indústria cultural como o audiovisual, a música, o design e, de outro, com sérias limitações de distribuição, acesso e de mão-de-obra qualificada quando se trata de setores com maiores exigências tecnológicas.
Sistemas de Gestão Cultural:
Grande esforço tem sido feito em direção ao planejamento e à criação de sistemas de gestão – cultura, museus, patrimônio – que integrem os três níveis de governo, setor privado e comunidade. Além disso, os recursos humanos, especialmente no governo federal, têm sido recompostos com novas contratações de funcionários. Essa não é, no entanto, uma realidade nacional, em que a gestão da cultura, especialmente nos municípios, é ainda muito débil e muito sujeita a oscilações.
A necessidade de apreender a dimensão das transformações em curso esbarra na fragilidade ou mesmo na ausência de indicadores de acesso, demanda e consumo de cultura que forneçam subsídios para a formulação das políticas. Por essa razão, esforços têm sido empreendidos por meio de parcerias para o desenvolvimento de estudos capazes de identificar a extensão das relações entre a cultura e a economia.
Existe a necessidade de criação de novos sistemas e instrumentos de gestão do patrimônio, que, no caso do Brasil, relacionam-se diretamente às questões urbanas, à habitação e às condições de vida.

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