Pouco se ouve falar sobre os investimentos para a copa de
2014, porém, muito se ouve reclamar sobre o que envolve essa questão.
Há, presente no senso comum da população, certa insatisfação
com a forma como o Estado aplica o dinheiro arrecadado. Isso pode ser
facilmente percebido, por exemplo, nas manifestações feitas nas redes sociais,
onde fazem um comparativo de quanto é investido para, por exemplo, saúde,
educação e a copa; o tempo de construção de um hospital, de uma escola e da
reforma de um estádio.
Diante disso é colocada em xeque a seguinte temática: O
evento Copa será tão benéfico para a capital de forma a compensar os
investimentos?
Entendendo a palavra sustentabilidade como equilíbrio de
ações é possível, sim, analisar alguns dos benefícios da copa nesse âmbito.
Segundo a “Agenda de Sustentabilidade da Copa do Mundo de
2014”, disponível em <http://www.crea-mg.org.br> alguns
dos objetivos estratégicos são: promover e divulgar Minas Gerais e Belo Horizonte,
garantir ações ambientalmente sustentáveis, desenvolver o plano de gestão de
tráfego, entre outros.
Há também um enorme aumento da demanda de profissionais para
o mercado de trabalho que a copa criará. Uma das ferramentas usadas para
atender tal demanda será o Programa Melhor Emprego, da Prefeitura de BH, que
promete suprir a carência de mão-de-obra na capital, visando a promover a
educação profissional do trabalhador, oferecendo cursos de qualificação
profissional gratuitos voltados para os setores que mais geram empregos em BH.
Cabe aqui frisar, visando a amparar a característica central
deste blog, que há, em todo Brasil, investimentos voltados à valorização da
figura cultura regional, como por exemplo a revitalização do Pelourinho, na
Bahia. A Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), por meio do Instituto do
Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), vai requalificar até 2014 três largos
do Pelourinho. As ações nos largos Tereza Baptista, Pedro Archanjo e Quincas
Berro D’Água terão obras iniciadas no primeiro semestre de 2013 e a previsão de
entrega é para 2014.
Pode-se dizer, então, sem ao menos listarmos todos os
benefícios que a copa trará, que, independentemente da discrepância entre os
investimentos aplicados nos diferentes setores sociais, há de se convir que
existe um grande compromisso social de planejamento para a copa de 2014, tendo
como base a sustentabilidade não só no âmbito ambiental, que é comumente visto,
mas também no equilíbrio das ações.
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