domingo, 30 de setembro de 2012

Teatro Municipal de BH

Quem conhece o teatro Municipal de BH?

Pois é, muitos de nós acreditamos que não exista ou que seja o Palácio das Artes, que hoje sem dúvida é o nosso mais importante teatro porém, o Theatro Municipal de Belo Horizonte já existiu.

Ele ficava localizado à Rua Goiás.


Funcionou neste local desde 1909, quando foi inaugurado até 194, quando foi vendido à empresa Cine teatral Ltda., que o transformou em Cine-Teatro Metrópole.

Como Cine Metrópole o prédio do antigo Teatro Municipal existiu até que a empresa proprietária obteve proposta de compra do prédio pelo Banco Brasileiro de Descontos - Bradesco, que pretendia instalar naquele espaço seu edifício sede em BH. 

Até sua demolição em outubro de 1983, várias tentativas frustradas de manter o prédio do nosso teatro aconteceram.

Porém, mesmo com pesquisas histórico-arquitetônicas realizadas pelo IEPHA/MG e vários oficios enviados ao governo solicitando o tombamento do prédio por decreto, o tombamento não foi concretizado. na verdade, o governo desrespeitou o IEPHA e o instrumento de Tombamento e toda  a legislação sobre o tema, visto que o Conselho Curador do IEPHA é instância máxima sobre o tombamento, devendo o Governador somente assinar o decreto de tombamento.

Não foi o que aconteceu e em 1985, o Bradesco começou a construção de sua sede que se arrastou por dois anos e somente recebeu alvará e habite-se em abril de 1991.

Na época existia pouca conscientização sobre o valor histórico e cultural de prédios ou monumentos e por falta de conhecimento, desmotivação ou até mesmo desinteresse ou interesses escusos, tenhamos perdido parte importante de nossa história cultural. Pois o Teatro Municipal e posteriormente, muito mais frequentado o Cine Metrópole, foi ponto de encontro de várias gerações, nas décadas de 40 a 80.

Esperamos que tal fato, desconhecido por muitos, que nem mesmo eram nascidos nesta época e por outros que presenciaram o fato sem compreender o que de fato acontecia, sirva de modelo para que não ocorra com outros tantos patrimônios culturais que ainda possuímos.

Referências:





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